Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
Este conto retrata de forma poética uma visão positiva sobre a vida, progresso, sucesso, sabedoria, inteligência, superação, prosperidade… confrontando com a ideia de uma “Colher em Angu”, que transmite instabilidade, incerteza, falibilidade…
Eu viajei para o planeta Netuno, com uma coloração azul característica, é um gigante gasoso, o mais distante do Sol, por isso apresenta uma atmosfera escura e mais fria. Sendo o único planeta do sistema solar que não é visível a olho nu, motivo da minha visita inesperada para conhecê-lo e poder contar um pouco do que vi, ouvi e senti. Ao conversar com o “netuniano”, fiquei impressionado com o fato de que Netuno leva 165 anos para completar sua órbita ao redor do Sol, e que o planeta tem 14 luas e cinco anéis principais.
Estudando sobre extraterrestres, descobri que havia um grande escritor recluso em seu asilo particular no planeta Netuno, usando da minha habilidade de comunicação interestelar ou intergaláctica consegui estabelecer contato, por meio das ondas de rádio, com o desconhecido “Sideriano Solitário”, único beletrista de Netuno, membro efetivo da Academia Netuniana de Letras – ANEL.
Durante a troca de mensagens “Sideriano” lançou uma frase que mexeu com a minha imaginação. Reproduzo parte da conversa que tivemos para melhor entendimento. Escreveu: “Esse Sanches é uma parada”. Respondi: Parada dura. Tipo colher no angu”. Sideriano retrucou: “Nada disso: Ouro em campo azul.” Completei: “Vou entender o contexto e quem sabe escrever um conto que dará nome a um livro, que está na frigideira, faltava apenas o título, acho que você me presenteou.” Sideriano finalizou: Impressionante!
Embora não identificando claramente o significado da frase: ”Ouro em Campo Azul”, fui em busca de uma resposta, e encontrei o seguinte: “Ouro em Campo Azul, é o lema presente na bandeira do estado de Minas Gerais, no Brasil. Nessa frase, “ouro” representa a riqueza mineral do estado, fazendo referência à época da corrida do ouro que ocorreu na região, e “campo azul” simboliza o céu e a tranquilidade. Em conjunto, a frase expressa a riqueza natural e a serenidade do estado de Minas Gerais.” Não entendi como um “netuniano”, conhecia tão bem o meu país, passei a suspeitar da sua nacionalidade. Seria ele um brasileiro solitário em Netuno?
Diante da incerteza sobre o verdadeiro sentido da frase – após uma breve pesquisa reuni argumentos e desenvolvi uma narrativa com uma perspectiva diferente para enriquecer o conto que segue. Eis o texto prometido, Sideriano.
Havia uma terra distante, conhecida como Campo Azul, onde os campos se estendiam até onde os olhos podiam alcançar, tingidos por um azul brilhante que parecia refletir a esperança e a promessa de um futuro próspero. Nessa terra, vivia um jovem chamado Sideriano, cujo espírito radiante e determinação incansável o destacava naquele planeta, entre os gases.
Desde jovem, Sideriano sonhava em encontrar uma lendária mina de ouro escondida nas profundezas do Campo Azul. Essa busca não era apenas pela riqueza material, mas simbolizava a busca pela realização pessoal, pelo progresso e pela superação das adversidades.
O jovem Sideriano era dotado de uma inteligência aguçada e uma sabedoria além de seus anos. Ele compreendia que o verdadeiro ouro não se limitava à riqueza material, mas sim ao crescimento pessoal, à conquista de desafios e à generosidade para com os outros.
Enquanto explorava os vastos campos azuis, Sideriano enfrentou inúmeras dificuldades e obstáculos. Cada revés parecia desafiar sua determinação, mas ele persistia com coragem e otimismo inabaláveis. A incerteza e a instabilidade que assombravam a mente daqueles que viam apenas “colher em angu” não tinham espaço na visão de Sideriano.
Finalmente, após anos de busca incansável, Sideriano descobriu a mina de ouro que tanto almejava nas entranhas do planeta Netuno, onde se refugiava para fortalecer os ânimos, aguçar a criatividade e apreciar a riqueza escondida a sete chaves. Todavia, o verdadeiro triunfo não estava apenas no brilho reluzente do metal precioso, mas sim na jornada que o levou até ali. Sua visão positiva sobre a vida, seu progresso constante, sua sabedoria adquirida ao longo do caminho e sua capacidade de superar as adversidades o transformaram em um verdadeiro vencedor.
Com sua prosperidade recém-descoberta, Sideriano não hesitou em compartilhar suas bênçãos com a comunidade do Campo Azul. Ele construiu escolas para educar as futuras gerações, promoveu projetos para o desenvolvimento sustentável do planeta e inspirou outros a perseguir seus próprios sonhos com fervor e esperança.
Assim, “Ouro em Campo Azul” tornou-se mais do que um conto sobre riquezas materiais; é uma história de crescimento pessoal, sucesso duradouro e o poder transformador da visão positiva sobre a vida.
São Luís, 23 de março de 2024.
Reescrito em 02 de maio de 2024.
José Carlos Castro Sanches.
É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS23.03.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.
Maria do Socorro Sanches
4 de maio de 2024 at 12:24
Parabéns pelo excelente conto,cada dia mais inspirado! Voe longe!👏👏👏👏
sanches
4 de maio de 2024 at 23:15
Agradeço pelo incentivo e apoio literário. Te amo!
José Carlos SANCHES
21 de maio de 2024 at 13:33
Meu bem, eternamente grato pelo incentivo constante. Deus abençoe a nossa união. José Carlos Sanches. falasanches,com