Por José Carlos Castro Sanches
I
Pai é uma chama ardente
Discreta que nunca
Se apaga na gente
Pai é segurança
Certeza de proteção
Alimento, sustento, alento
e prontidão
O amor de pai
Passa despercebido
Parece a flor que desabrocha
Sem ruído
Pai é pai
Jovem ou adulto
Sustenta a família
Cansado ou disposto
Trabalha a vida inteira
E busca dar aos filhos
Conforto
II
Pouco se diz deste
Homem que sua
Corre e voa no além
Trabalha dia e noite
Para sustentar os filhos
Com o escasso vintém
Sorrindo ou chorando
Sem dizer nada a ninguém
Pai educa
Sorri na alegria
E na tristeza soluça
Normalmente calado
Observa, pensa
Chora e debruça
Corrige, briga
E defende a sua prole
Às vezes, duro e frio
Outras, manso e mole
III
Quase sempre
Recebe pouco afeto
Sofre isolado
Espera quieto
Como um eterno exilado
Empregado
Tem fartura
Desempregado
Amargura
Pai é pai
Participa
Levanta e cai
Edifica
Cansa e vai
Em vida
O seu maior amigo
É muitas vezes
Esquecido
IV
Depois é tarde
Chorar e sofrer
A perda, a falta e a ausência
Daquele que te criou
Com enorme paciência
A hora é agora
Valorize o seu herói
Porque a vida é efêmera
E a terra; o corpo destrói
O tempo passa veloz
Não deixe para depois
Nem espere a tragédia atroz
Corra agora se ainda há tempo
Dê-lhe um carinhoso beijo
E um abraço forte
Viva o momento presente
Ter um pai é uma dádiva
Uma bússola e um norte
V
Meu querido pai
Posso não ser
O melhor dos filhos
Mas, minhas melhores
Qualidades certamente
Vieram de você
Quero tê-lo sempre por perto
Minha eterna gratidão
Por todo amor
Carinho e atenção
Te amarei eternamente
No fundo do coração
A todos os pais o meu
carinho especial.
Feliz Dia dos Pais!
São Luís, 09 de agosto de 2019.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense
Membro Efetivo da Academia Maranhense de Letras, União Brasileira de Escritores e PEN Clube do Brasil
Direitos reservados ao autor.