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30 ANOS DEPOIS! E ainda não fui a PARIS.

Por José Carlos Castro Sanches

“No trajeto para a Torre Eiffel, nenhuma vez olhei para os telhados de Paris. Eu flutuava sobre um mar de branco e azul, nada mais vendo senão meu objetivo.” (Santos Dumont)

Hoje quando dirigia na BR135 para ministrar treinamento de Segurança do Trabalho relembrei quando em 1988 entrei como estagiário na ALUMAR, onde por 27 anos trabalhei nas áreas de meio ambiente, higiene ocupacional e segurança do trabalho. Lá aprendi a fazer a diferença com grandes profissionais. Sinto orgulho de ter participado deste processo e poder contribuir para o sucesso daquela empresa. 

O que me fez lembrar o passado? Estamos em 2018. Há 30 anos da minha entrevista na Alumar. 

Quando fui entrevistado era um jovem de 26 anos, com muito entusiasmo, focado no estudo e decidido a trabalhar na ALUMAR. 

Esta foi uma decisão que antecedeu àquele momento, desde muito jovem quando passava pela entrada da Alumar, na BR135, em viagem com o meu pai de Rosário para São Luis dizia para ele que iria trabalhar naquela grande empresa, e acrescentava que também iria estudar na UFMA, realizei os dois objetivos.

Estudei e me formei em dois cursos naquela universidade e trabalhei nesta renomada empresa – que chamo carinhosamente de Universidade Alcoa. 

Quando ainda estava concluindo o curso superior na UFMA me casei e os colegas sempre gozavam porque não entendiam como um jovem estudante, desempregado ousaria se casar.

Isso me incomodava muito ao ponto de ter que tirar a aliança do dedo para tentar esconder a minha condição junto aos colegas.

Certa vez a minha sogra sentiu falta da aliança e perguntou por que eu não estava usando e disse a ela que não interferisse nisso – por razoes particulares – ela nunca soube o motivo, agora declaro. Vergonha de ser casado sem ter emprego. 

Era apenas estudante sem perspectiva de trabalho. Não era fácil aquela condição – hoje posso declarar.

Tinha a certeza que seria um vencedor. Estudava todos os dias, me esforçava para ser o melhor em tudo o que fazia e esperava apenas uma oportunidade para provar aos meus colegas e a todos que duvidavam da minha competência. 

Logo me antecipei ao estagio, antes mesmo de concluir o curso de Química Industrial peguei o ônibus de Estiva que naquela época passava na Avenida Kennedy e segui para a Alumar numa aventura em busca de um estagio. Precisava começar a mostrar o meu talento, aquela era uma oportunidade de ouro. Desci do ônibus na rodoviária externa da Alumar, naquela época o ônibus de estiva passava pela Alumar.

Chegando apavorado na rodoviária, sem saber para onde ir, era a minha primeira vez naquele lugar procurei onde ficava a recepção para uma pessoa que estava na rodoviária. Orientou-me e fui até o balcão de granito da recepção onde me apresentei e perguntei ao recepcionista se tinha alguma vaga para estágio na área de química industrial. Ele respondeu que tinha apenas uma vaga para a Sala de Cubas. E perguntou se eu tinha interesse. Não pensei duas vezes e respondi que queria. Logo ele se apressou e falou com o Gerente de Recursos Humanos da Alumar para declarar o meu interesse e o meu xará José Carlos de Almeida Jr aprovou a ideia. 

Fiquei muito feliz! Então Alan o rapaz simpático que me recepcionou perguntou se eu gostaria de conhecer a sala de cubas. Aprovei a ideia. Vestimos os EPIs, pela primeira vez usei uma bota, capacete, camisa manga longa da Alumar e outros apetrechos requeridos para entrar naquela área operacional.

Estava decidido a ultrapassar todas as barreiras para atingir o meu objetivo – realizar o meu estagio curricular na maior empresa de ALUMINA E ALUMÍNIO DO MUNDO. 

Era uma oportunidade impar que não poderia ser desperdiçada jamais. 

Esclareço que o motivo da minha ida à Alumar à procura de estágio foi porque o coordenador do curso de Química Industrial da UFMA à época não me indicou para o estágio porque estava no 6º período do curso e queria encaminhar apenas alunos do 8º período que concluíam o curso. 

Perderam tempo porque fui sozinho em busca de transformar os meus sonhos em realidade e fiz. Foi a melhor decisão que tomei em minha vida profissional. Encontrei na Alumar motivo para ter orgulho do trabalho e fiz desta passagem por ela um grande aprendizado para a minha vida pessoal e profissional, nesta trajetória criei meus filhos e realizei os meus melhores sonhos profissionais. Como digo na minha Universidade Alcoa.

Na época era professor de Química da ETEMA (Escola Técnica Estadual do Maranhão) Dr. João Bacelar Portela, professor substituto, sem nenhum vínculo formal com o Estado. 

O meu amigo Nélio Scrivener Furtado à época vendo o meu desespero de casado e desempregado, com duas filhas já nascidas Rafaelle e Fabielle e a terceira Danielle (Nasceu quando era estagiário na Alumar e de lá saí apressado até o hospital numa carona com um grande amigo que conquistei naquela empresa) já encomendada na barriga da minha querida e amada esposa Socorro Sanches. 

Nélio me ajudou muito naquele momento, a você querido amigo e hoje compadre (Padrinho de Fabielle) toda a minha gratidão (de verdade me emocionei e as lagrimas desceram pelo rosto ao escrever esta passagem). 

Você conseguiu uma vaga de professor de Metalurgia, me deu aulas por vários dias antes da minha primeira aula (que tremia como vara verde) porque essa não era a minha área de atuação, me presenteou com uma coleção de 3(três) livros de metalurgia que guardo com muito carinho e permitiu que iniciasse a minha carreira de professor que até hoje exerço com orgulho e gratidão a Deus por ter sido a minha primeira oportunidade para sustento da minha família.

As coisas acontecem naturalmente quando a gente acredita, trabalha e busca de forma honesta, destemida e responsável com foco e determinação. 

Realizei o meu estágio e fui muito bem reconhecido, elogiado e recomendado. Ao concluir o estagio na área de processo das Salas de Cubas com grandes profissionais da área Haroldo, João Bayma, João Batista, Oscar Bessa… e inúmeros colegas operadores, técnicos, encarregados, supervisores, engenheiros…liderados por Nilson Ferraz e Roberto Mota. A todos a minha eterna gratidão pela oportunidade de convívio e aprendizado.

Lembro-me que ao final do estagio, exatamente no ultimo dia, Nilson Ferraz me chamou no corredor do 102F e disse para procurar Mauricio Macedo, que havia uma vaga para engenheiro na área de MEIO AMBIENTE e ele estava me recomendando para participar do processo. Fui imediatamente ao encontro de Mauricio. Participei de uma entrevista e ao final me informou que entrevistaria outros candidatos e decidiria quem seria o escolhido para a vaga. 

Na minha casa não tinha telefone, então deixei o telefone da ETEMA para eventual contato caso fosse o escolhido para a vaga. Fiquei muito ansioso à espera daquele chamado torcendo para ser agraciado com aquele emprego que tanto desejava.

Dias depois quando estava ministrando uma aula no ETEMA o Diretor foi até a sala onde estava e me informou que havia uma pessoa da Alumar querendo falar comigo. Logo pedi licença aos alunos e fui atender o orelhão que ficava na entrada da escola, próximo ao guarda da portaria que recebeu o telefonema e repassou para o Diretor me comunicar.

Voltei a falar com Mauricio desta vez para receber a noticia de que havia sido o escolhido e que deveria apresentar com brevidade na Alumar, levando os documentos requeridos, antes, porém deveria fazer mais uma entrevista, desta vez com Paulo Prado, Superintendente de RH da Alumar.

Esta entrevista marcou a minha vida porque foram feitas algumas perguntas que não sabia qual seria a melhor resposta. Respondi o que julgava correto com a maior simplicidade e honestidade possível.

Uma das perguntas marcantes foi: “QUAL A CIDADE QUE VOCÊ DESEJA CONHECER NO MUNDO?” Respondi: PARIS.

Sabia que americanos e franceses brigavam para assumir a paternidade do processo de produção de alumina e alumínio. 

“Em 1821, o francês P.Berthier descobre um minério avermelhado, que contém 52% de óxido de alumínio, perto da aldeia de Lês Baux, no sul da França. É a descoberta da bauxita, o minério mais comum de alumínio.” 

“Em 1855, Deville mostra, na exposição de Paris, o primeiro lingote de um metal muito mais leve que o ferro. Torna-se público o processo de obtenção de alumínio por meio da redução eletrolítica da alumina dissolvida em um banho fundido de criolita. Esse procedimento foi desenvolvido separadamente pelo norte-americano Charles Martin Hall e pelo francês Paul Louis Toussaint Héroult, que o descobriram e patentearam quase simultaneamente. Esse processo ficou conhecido como Hall-Héroult e foi o que permitiu o estabelecimento da indústria global de alumínio.”

“No dia 1 de outubro de 1888, foi fundada a Pittsburgh Reduction Company. Por volta de 1907, a empresa crescera a ponto de incluir minas de bauxita no estado do Arkansas, uma refinaria em Illinois, e três fundições de alumínio em Nova York e no Canadá. Os proprietários resolveram então trocar o nome da empresa por algo mais apropriado: Aluminum Company of America. Mais tarde, quando a empresa se tornou global, o nome mudou para ALCOA (nada mais que uma abreviação de seu nome anterior), cunhado pela primeira vez em 1910.”

O Consórcio de Alumínio do Maranhão – ALUMAR, joint venture formado inicialmente pela ALCOA e BHPBilliton , hoje pela Alcoa, South 32 e Alcan, iniciou a sua construção em 1980 e começou a produzir alumina e alumínio em 1984, na capital maranhense São Luís, fundada por franceses no dia 8 de setembro de 1612.

Era uma briga de grandes, e a minha resposta não sei se seria a melhor para trabalhar numa empresa multinacional americana.

A dúvida permanecia. Pensei depois da entrevista se não seria melhor ter dito que desejaria conhecer: NOVA YORK, mas não estaria falando a verdade. Esperei mais uma vez ansioso pelo resultado daquela entrevista final. Fui mais uma vez aprovado. Aquela vaga era minha de verdade. 

Passaram-se 30 anos e nunca visitei PARIS. Tenho medo de avião e detesto passar horas dentro daquele ambiente fechado. 

Hoje quando me lembrei deste momento durante o trajeto da minha casa para o trabalho decidi que irei a PARIS com a minha esposa realizar um sonho de 30 anos atrás. Nada ocorre por acaso, tudo tem a sua hora. A hora chegou PARIS!

Agradeço a todas as pessoas com as quais convivi e continuo convivendo na Alumar e Empresas Contratadas nestes 30 anos dedicados ao trabalho. Acertei mais uma vez na escolha. Uma boa escolha marca para SEMPRE as nossas vidas.

Porque sempre digo que nada ocorre por acaso? 

Vejam o que ocorreu hoje para poder escrever esta crônica tão depressa. Uma EMPRESA cliente da ALUMAR solicitou um treinamento de Segurança do Trabalho. 

Cheguei ao local de treinamento e fui informado que a ALUMAR marcou uma reunião com todos os empregados da empresa. Teria que esperar o termino deste evento para iniciar o treinamento e exatamente neste intervalo escrevi esta crônica.

Ironicamente quando encerrei o último parágrafo, sentado ao computador na sala de treinamento chegaram os treinandos. 

Fiquei surpreso ao saber que o motivo era o aniversario da ALUMAR que completa 38 anos neste, 31 de julho de 2018, me impressionou a coincidência, e tive a certeza de que nada ocorre por acaso. 

Dedico essa crônica a todos os empregados e ex-empregados da Alumar e Empresas Contratadas que ajudaram a construir esta grande empresa e transformá-la numa marca de sucesso, onde todos nos orgulhamos de trabalhar com integridade, excelência, cuidando das pessoas e do meio ambiente.

PARABÉNS À ALUMAR PELOS 40 ANOS DEDICADOS À PRODUÇÃO DE ALUMINA E ALUMINA NO MARANHÃO.

“A melhor produção da Alumar é medida pelo respeito às pessoas e ao meio ambiente.”

Escrito em 2018.

Revisado em 01 de agosto de 2020.

José Carlos Castro Sanches       

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos Livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever; A Vida é um Sopro; Gotas de Esperança e nove livros inéditos em revisão para publicação.

São Luís, 01 de agosto de 2020.

Visite o site falasanches.com e página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches, com crédito aos autores e fontes citadas, e está licenciada com a licença JCS01.08.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

Comments (17):

  1. José Rodrigo Neves Pinho

    17 de outubro de 2019 at 16:03

    Parabens,hoje foi um prazer lhe conhecer pessoalmente e um pouco mais da sua historia!
    Um abraço Rodrigo Pinho.

    Responder
    • José Carlos Sanches

      1 de agosto de 2020 at 10:39

      Muito obrigado Rodrigo Pinto. A recíproca é verdadeira. Forte abraço e sucesso. José Carlos Sanches

      Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:36

      José Rodrigo Neves, aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder
  2. Jose Ademar

    1 de agosto de 2020 at 19:08

    Parabens Zé Carlos!! Linda trajetória!!! Grande abraço

    Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:38

      José Ademar, aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder
  3. Augusto Pellegrini

    2 de agosto de 2020 at 02:06

    Sanches, boas lembranças, estamos no mesmo barco. Eu cheguei a são Luis em 31/07/1980, antes do começo de tudo e sai em 1987.

    Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:39

      Augusto Pellegrini, aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder
  4. Elias Azulay

    2 de agosto de 2020 at 07:03

    Ah! Que bela crônica, meu amigo José Carlos. Me senti no contexto dessa narrativa. Pois acompanhei todo esse processo de implantação e os primeiros passos desse grande empreendimento, que vc chama, com sapiência, de Faculdade Alumar, cujo primeiro encarregado de Administração e RH foi o hoje nosso confrade Augusto Pellegrini. Cheguei lá um pouco antes de tudo aquilo existir. Quando tudo era apenas um Projeto. Aquela placa e aquele “pé de Ipê” (tabebuia serratifolia), na foto que ilustra sua Crônica, foram implantada e plantado, respectivamente, na cerimônia, coordenada por este seu modesto amigo e Nemércio Nogueira, do lançamento da “Pedra Fundamental”, que, quebrando a tradição, foi substituída pela “Árvore Fundamental”, sugerida por minha esposa, Socorro Azulay, apoiada pela saudosa Rosa Mochel, para amenizar os embates e protestos das lideranças de defesa de meio ambiente. Parabéns pela “escrevivência”, pelo exemplo de determinação em busca de um ideal e pelo sucesso profissional. Boa viagem a Paris!

    Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:39

      Querido confrade Elias Azulay, aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder
  5. Josivaldo Chaves

    2 de agosto de 2020 at 23:32

    Parabéns Prof. Zé Carlos, por sua determinação, foco nos objetivos e, claro, por atingir todos os objetivos. É uma história motivadora para àqueles que buscam crescimento pessoal e profissional.

    Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:40

      Querido amigo Josivaldo Chaves, aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder
  6. Paulo Rogerio

    3 de agosto de 2020 at 11:16

    Jose Carlos Castro Sanches, é assim que eu lhe cumprimento a anos, hahahaha, meu amigo que texto maravilhoso, me vi em muitos momentos ali descritos. Um grande abraço!

    Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:41

      Querido amigo Paulo Rogério. aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder
  7. Merval Cabral de Aguiar

    5 de agosto de 2020 at 08:34

    Parabéns Sanches!
    Sua trajetória é motivadora.
    ” Quem acredita sempre alcança” já dizia a música.
    Tive a oportunidade de participar de atividades de segurança com vc, como o ” Time de Prevenção de Fatalides da Redução” e investigações de eventos de pontes rolantes.
    Admiro muito sua índole.
    De seu amigo Merval Cabral de Aguiar

    Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:41

      Grande amigo Merval Cabral de Aguiar, aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder
  8. Jonilton

    6 de agosto de 2020 at 00:05

    Linda reflexão…..Parabens!!!

    Responder
    • sanches

      30 de agosto de 2020 at 17:42

      Querido amigo Jonilton, aprecio a sua generosa atenção e agradeço pelo comentário. Forte abraço. José Carlos Sanches

      Responder

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