Em 7 de setembro
Independência ou morte
Um grito que ecoou distante
Parece ao sabor da sorte
O forte brado retumbante
Cintila do sul ao norte
Num Brasil vacilante
Que busca tornar-se forte
15 de novembro de 1822
A proclamação seguiu avante
Deodoro da Fonseca
Comandava o levante
Este Brasil exuberante
De orgulho e nacionalismo
Por natureza gigante
Se levanta do abismo
Tristeza e alegria
Remexe a estrutura
Mentira e orgia
Alternada com cultura
Palhaço, mágico e magia
Tumulto e sepultura
Alimentando a anarquia
O viés da arma dura
Sucumbindo na democracia
Algemas ou liberdade
Supremo e ministérios
Presunção e vaidade
Chagas e cemitérios
Corrupção e desigualdade
Solidão e mistérios
Mentira e verdade
O Brasil suspira e soluça
No sombrio campo minado
Que sobre o povo debruça
Num leito contaminado
O flagelo da desordem esmiúça
Corpo e o espirito desanimado
Vestindo linho ou camurça
Nu ou vestido, desesperado
Pobre, trabalhador desempregado
Camelô ou assalariado
Meu país quer o sucesso
Deixem-no voltar a crescer
Não limitem o seu progresso
Quem acredita há de ver
Uma nação onde o congresso
Possa ter homem decente
Sem supremo acovardado
E um povo sorridente
Viva o crescimento
E a semente de esperança
Exalte o comprometimento
Do ancião à criança
De que vale o sofrimento
Para este povo tríplice-aliança
Que se levante a espada
Por um governo soberano
Passo a passo na estrada
Distante do leviano
Para elevar a ética e integridade
Num país republicano
Resgatar o respeito e a dignidade
Perdidos no oceano
Que reine a liberdade
“ Liberdade! Liberdade!
Abra as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz”
José Carlos Castro Sanches
São Luís, 14 de novembro de 2019.