Por José Carlos Castro Sanches

“ A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos não é o que vemos, senão o que somos. ” (Fernando Pessoa)
Tudo começou assim. Às 22:33 numa terça-feira de 09 de março de 2021, enviei a seguinte mensagem para o confrade Daniel Blume: “Boa noite! Você conhece bem os escritores da Academia Ludovicense de Letras – ALL. Quem você recomendaria para fazer o prefácio de um livro que escrevi sobre uma viagem que fiz a Maceió e outras cidades de Alagoas? É um livro compacto com 42 capítulos curtos, com apenas 112 páginas. Gostaria da sua opinião. P.S. Sanatiel já prefaciou um livro. Forte abraço e boa noite, José Carlos Sanches”
Às 23h46 Daniel respondeu: “Aldy Mello, ele tem uma obra de apontamentos de viagens. ” Logo respondi: “Muito obrigado, entrarei em contato com ele. Posso citar que você deu a referência ou não? ” Daniel, enfático disse: “Claro! Pode falar em meu nome. ” Conclui: “Valeu! Campeão” e encerramos a conversa às 23h04.
Eu tinha o compromisso de falar com o ilustre Aldy Mello. Fiz algumas ligações telefônicas sem obter sucesso, então resolvi enviar mensagem pelo WhatsApp às 21h07, do dia 10 de março de 2021, para o número do egrégio escritor, recomendado por Daniel.
Assim, escrevi: “ Aldy Mello, boa noite! Aqui é José Carlos Sanches. Recebi uma referência sua do amigo Daniel Blume e gostaria de conversar com você sobre um livro que irei lançar em breve. Quero convidá-lo a prefaciar. Mas, fique tranquilo, caso não seja possível é sempre atrativo conhecer pessoas inteligentes e cativantes. Liguei para você, sem sucesso, tentarei novamente. Forte abraço e boa noite. ”
Aldy Mello como a maioria dos renomados escritores com os quais tenho contato, parece não ter muita afeição pelas mídias sociais, em especial pelo WhatsApp, é tudo uma suposição porque tem alguns que apreciam, inclusive fazem delas seus melhores instrumentos de divulgação e comunicação com os leitores ávidos por novidades. Esperava ansioso por uma resposta e nada, ele sequer visualizou a mensagem no seu telefone. Então, decidi ligar novamente. Como disse Amyr Klink: “Pior do que não terminar uma viagem é nunca partir. ”
Era sexta-feira, um dia ensolarado, com o sol a pique, conversamos por telefone das 11h40 às 12h. Apresentei-me como se fosse uma pessoa da sua intimidade, embora o conhecesse pelas inúmeras oportunidades que o vi nas entrevistas de TV, rádios, nos jornais e citações pelos livros escritos, não tinha conversado pessoalmente com o notável beletrista. Ali iniciávamos o nosso primeiro contato. A química rolou e dialogamos por aproximadamente vinte minutos como se fôssemos velhos amigos, parece que foi amor à primeira vista, pelo menos da minha parte. Espero que não seja apenas uma paixão passageira, e que a amizade prospere e prolongue-se por muitos anos.
Aldy foi muito gentil, agradável, receptivo, empático, aberto ao novo desafio, dentre outros adjetivos que fortalecem a postura educada e a simpatia dos sábios. Fiquei deveras lisonjeado pela maneira como o interlocutor se dispôs a realizar com tamanha simplicidade o que sugeria, parece que nos conhecíamos há muito tempo, foi um bate-papo inspirador e edificante. Logo percebi que encontrara a pessoa certa para prefaciar o meu livro.
Durante a breve conversa marcamos um encontro para as 16h, do mesmo dia, no seu apartamento. Atrasei a chegada e às 16h56, recebi pelo WhatsApp, uma mensagem de advertência do eminente anfitrião, que perguntava: “O que houve não vem? ”.
Ele não imaginava que eu já estivesse à sua espera na portaria do prédio. Logo fui autorizado a entrar e aguardá-lo na sala de visita do plácido condomínio nas proximidades da Praia da Ponta d’Areia, na magnética ilha de Upaon-Açu.

Poucos minutos depois, eu estava diante de Aldy Mello de Araújo, Professor aposentado da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Católica de Louvain, Bélgica; Especialista em Administração Universitária pela Organização Universitária Internacional – OIU, Canadá; Especialista em Metodologia da Pesquisa Social, Portland State University, Oregan, Estados Unidos; Professor Emérito da Arkansas State University, Estados Unidos; Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFMA; ex-Coordenador do Curso de Comunicação Social na UFMA; ex-Chefe da Assessoria Especial do Governo do Estado do Maranhão; ex-Presidente do Protocolo de Integração das Universidades da Amazônia; ex- Membro do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia do Maranhão; ex -Membro do Conselho Deliberativo do SEBRAE – MA; ex- Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Estudantis da UFMA; ex- Vice-Reitor e ex-Reitor da UFMA; ex -Vice Superintendente de Pesquisa e Pós-Graduação do Centro Universitário do Maranhão – CEUMA; ex-Diretor da Faculdade Euro-Americana, em Brasília; ex-Reitor do Centro Universitário do Maranhão – UNICEUMA; Membro Titular do Conselho Diretor da UFMA; da Academia de Ciências e Artes da Câmara Brasileira de Cultura, na área de Ciências Culturais, onde ocupa a cadeira de Gilberto Freire e do Conselho de Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Maranhão; Membro Efetivo da Academia Ludovicense de Letras – ALL; Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM; dentre outras atribuições

Homem de vasta cultura e intelectualidade com um currículo admirável, ocupou inúmeras funções públicas e privadas, fazendo por merecer as honrarias, condecorações e títulos recebidos pela destacada contribuição à educação, cultura, ciência, tecnologia, direito e literatura.

Autor do livro “IDAS E VINDAS – Cidades, povos e culturas que conheci em vida”, que denominei de enciclopédia de viagem, além de roteiro turístico é uma universidade de vida, com motivos para viver como disse Aldy Mello na pag. 290 do referido livro: “E Muito, muito mais, pude entender o que muitos já disseram: a vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos lugares e momentos capazes de tirar nosso fôlego. ” E concluiu na pag. 291: “ Em meu constante ir e vir, conheci muitas pessoas, convivi com muitas ideias, aprendi e ensinei, mas uma coisa me marcou profundamente: a liberdade. ”

Recomendo a leitura desta obra-prima extraordinária, quem nunca viajou vai querer viajar após a leitura do sumário do livro, quem viaja pouco ficará entusiasmado para viajar mais após a bela apresentação da obra, e os viajantes contumazes perceberão que ainda têm muito a viajar, conhecer e aprender sobre viagens, após a leitura do primeiro capítulo comprarão a passagem para uma viagem imediata ao redor da terra, além de Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Quem sabe até Plutão. Haja disposição para viajar pelo mundo e inspiração para escrever sobre as vivências de um poeta viajante.
“ A verdadeira arte de viajar… A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali… Chegamos de muito longe, de alma aberta e coração cantando! ” (Mário Quintana)
Ele também escreveu: Uma Versão Preliminar da Educação Superior; A Universidade Esquecida; O Encontro; O Poder do Tempo; A Ética como Prática Humana; Dialéticas dos Sentimentos; O Maranhão de Antônio Vieira, dentre outras obras.
Durante a nossa conversa fui agraciado com um presente, dos melhores, sempre tenho o livro como algo sagrado. Aldy dedicou “Ao escritor Carlos Sanches, meu respeito e admiração. 12/03/2021” a sua obra magnífica “IDAS E VINDAS – Cidades, povos e culturas que conheci em vida”, em retribuição presenteei-o com “A Vida é um Sopro” livro de crônicas de minha autoria que compõe a Trilogia da Vida, juntamente com os livros “No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever” (Crônica) e “Gotas de Esperança” (Poemas).

“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher. ” (Cora Coralina)
Daniel Blume, como disse a você por telefone. Fui agraciado pela excelente indicação e referência de Aldy Mello para prefaciar o livro “Me Leva na Mala – quero ver o mar azul”. Eu já conhecia a fama do professor, escritor e gestor, entretanto, não havíamos conversado. Foi uma grata surpresa. Nada ocorre por acaso meu irmão. Muitas bênçãos, saúde, paz e vida abundante para você e Aldy Mello: um homem que merece ser reverenciado pelas qualidades pessoais, profissionais, literárias e acima de tudo pela simpatia e humildade. Minha eterna gratidão aos dois. Em três dias o prefácio estava em minhas mãos e o livro muito em breve estará nas livrarias da cidade para deleite dos apreciadores de boa literatura sobre viagens pelo nordeste brasileiro. Deus seja louvado!
“Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida. ” (Sêneca)
São Luís, 13 de março de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou (Tríade Sancheana); No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! (Trilogia da Vida), e outros dez livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta. Adquira os Livros da Tríade Sancheana e Trilogia da Vida na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS13.03.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.