Por José Carlos Castro Sanches
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“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. ” (Fernando Teixeira de Andrade)
Não sei quem será o escolhido para ocupar a Cadeira 32, patroneada por Vespasiano Ramos, em sucessão ao conceituado acadêmico Sálvio Dino Jesus de Castro e Costa, de saudosa memória.
Independentemente do resultado me arvoro na busca incessante, contínua e vibrante, nas conversas com os membros da AML, que detêm o poder da melhor escolha, para aquele que será o novo integrante desta prestigiada academia, berço da intelectualidade, cultura, arte e literatura na magnética ilha de Upaon-açu, terra de homens e mulheres proeminentes com destacada contribuição literária para os maranhenses e brasileiros.
Neste torrão brotaram, cresceram e floresceram grandes escritores, poetas, cronistas, contistas, historiadores, pensadores… advogados, médicos, teatrólogos, pesquisadores, cantores… artistas, políticos, químicos, professores, engenheiros, escultores, pintores, contadores de histórias e lendas que enriquecem a cultura da ilha do amor, outrora Athenas Brasileira.
Nela também habitou e fez seu nome visível ao ponto de ocupar lugar de destaque entre os imortais da AML, o nobre grajauense, advogado, jornalista, político, pesquisador e escritor Sálvio Dino, era pai do governador Flávio Dino, do subprocurador geral da República, Nicolau Dino, e do advogado Sálvio Dino Júnior. A quem atrevo-me suceder na cobiçada Casa de Antônio Lobo.
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Sálvio Dino foi vereador em São Luís, prefeito de João Lisboa, deputado estadual pelo estado do Maranhão, em 1962, ano em que nasci. Cassado em 1964. Foi membro da Academia Imperatrizense, Grajauense, João-lisboense e Maranhense de Letras e de Letras Jurídicas, suas principais obras literárias: Um Moço na Tribuna; Raízes históricas de Grajaú; Nas Barrancas do Tocantins; Semeando manhãs; Quem passar por João Lisboa; Luzia, quase uma lenda de amor; Onde é Pará, onde é Maranhão?; O perfil histórico do rio Tocantins; A Faculdade de Direito do Maranhão; Clarindo Santiago: o poeta maranhense desaparecido no rio Tocantins; Leões: um palácio de histórias, lenda, mitos & chefões; Verde sertões e vidas; A Coluna Prestes e Exilar-se – passagem pelo sul maranhense e Louvação a Grajaú, inédito. Pode-se perceber uma regularidade nas suas publicações que fluíram desde 1959, quando lançou o primeiro livro, até 2016, transitando entre temas jurídicos, históricos, políticos, românticos, assuntos do cotidiano, principalmente ligados às suas origens em Grajaú, João Lisboa e ao rio Tocantins, intensamente reverenciado em seus escritos. Homem de conduta ilibada, foi respeitado e querido nos meios em que transitava, tendo merecido o reconhecimento e títulos auferidos em vida.
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Por que me candidatei? Dizem que a casa das letras deve ser ocupada preferencialmente por escritores, poetas, cronistas, artistas e, estudiosos que buscam o desenvolvimento pessoal, intelectual, especialmente homens e mulheres de notável saber e ilibada conduta ética e moral, senso de responsabilidade, integridade e respeito, sobretudo honestidade e humildade, além da capacidade de interação e relacionamento amigável com os pares. Posso dizer que preencho todos estes requisitos, portanto, me coloco em posição de igualdade com os demais candidatos.
Também, estou certo de que todos os demais inscritos às vagas disponíveis, são por competência e mérito merecedores da glória que a AML oportuniza, ao que melhor se enquadra nos requisitos supracitados.
Aproveito o ensejo para descrever um pouco sobre a minha biografia e bibliografia, de forma a permitir aos futuros confrades, melhor conhecimento sobre a minha trajetória de vida e o fascínio pela literatura.
Sou rosariense, tenho 58 anos de idade, casado, tenho três filhas e um filho e quatro netos. Sou primogênito de uma família de oito irmãos. Meu pai e minha mãe José Firmino Sanches e Zanilde Castro Sanches, ainda residem em Rosário. Considero a família como o maior patrimônio,
Sou Químico Industrial (UFMA) e atuei durante 30 anos na indústria metalúrgica nas áreas de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente e Higiene Ocupacional (SSMA); sou também, licenciado em Química (UFMA), atuando por mais de 35 anos como professor de química, física, matemática e metalurgia, alternadamente, pela SEDUC.
Estudei Engenharia Civil até o 7º período na UEMA, quando por motivo particular e necessidade de assumir compromissos de trabalho na Alumar tive que optar entre o trabalho e o estudo (entre a cruz e o punhal), tranquei o curso com o propósito de retornar no futuro, o tempo mudou meus planos.
Especializei-me em Engenharia Ambiental (CEUMA) e Higiene Ocupacional (Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais). Atuo como multiplicador de treinamentos de SSMA para indústrias e empresas privadas, atualmente sou Consultor de SSMA pela Business Partners Serviços Empresariais – BPSE, empresa genuinamente maranhense que atua nas áreas de RH, qualidade, gestão de pessoas, recrutamento, seleção, folha de pagamento, treinamentos, capacitação e qualificação de trabalhadores, também com Gestão de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Higiene Ocupacional, onde me realizo como profissional.
A literatura sempre foi o meu hobby. Desde muito jovem tenho predileção pelas letras, sempre gostei de estudar ler e escrever, estudei o ensino fundamental no “Colégio Paulo Ramos” em Rosário do Maranhão, minha terra, meu torrão, o ensino médio no “Colégio Ateneu Teixeira Mendes” e o superior na UFMA e UEMA, em São Luís. Sempre fui aluno dedicado, obstinado e focado nos meus objetivos. Assim, procedo como profissional respeitado e capacitado.
Passei a ser percebido e me destacar como escritor, cronista e poeta a partir de 2015, quando iniciei as publicações diárias de artigos, crônicas, poemas, sátiras e textos universais na Página Fala, Sanches (Facebook) e nos sites falasanches.com, Linkedin, Instagram e, semanalmente nos sites: Quarentena Literária, Portal de Notícias Tordesilhas e outras mídias discorrendo sobre temas do cotidiano: literatura, educação, família, política, natureza, pessoas, fatos e eventos históricos, curiosidades, percepções, motivação, liderança, autoajuda, desenvolvimento pessoal e profissional et cetera.
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Hoje tenho quase 800 textos publicados em verso e prosa, parte deles, em seis livros publicados e dez livros originais não publicados, somando dezesseis, intitulados: Colheita Peregrina; Tenho Pressa; A Jangada Passou; No Fluir da Horas é tempo de ler e escrever; Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! (Publicados); Abrindo as Cortinas; Momentos do Cotidiano; No Vagar do Pensamento; Sanches, com a Palavra; Das coisas que vivi na Serra Gaúcha; Me Leva na Mala!; Divagando na Fantasia em Orlando); Escrevendo as Páginas da Vida; Contos da Jujuba e Pétalas ao Vento. E coautoria da Antologia de Poetas e Escritores Brasileiros da Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores – ACLAPTCTC, ES, Brasil, com o poema “Bor-bo-le-tas! ”
Escrever é um dom e uma arte que poucos têm, apesar de muitos desejarem e apreciarem os talentosos que se destacam pela verve literária; escrever com maestria, simpatia e empatia poderá ser a sublime e tênue distinção entre os candidatos; associado à continua busca pelo crescimento e a determinação para vencer as adversidades com força, foco e fé, sem perder a essência e a humildade. Sei perfeitamente que a escolha poderá parecer fácil, mas posso afirmar com convicção que a decisão sábia é difícil, portanto, incentivo os ilustres acadêmicos a refletirem com atenção, sabedoria e imparcialidade para o melhor juízo nessa nobre missão.
“Somos todos geniais. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em árvores, ele passará sua vida inteira acreditando ser estúpido. ” (Albert Einstein)
Quando iniciei a escrita desta crônica tinha a mero desejo de enaltecer o virtuoso Sálvio Dino, todavia, adentrei no território melindroso da escolha, sem ter a pretensão de ensinar missa para vigário. Não seria insano em acreditar nessa possiblidade. Afinal, quem sou eu, um aprendiz de acadêmico que sonha com a imortalidade? Ou um sonhador capaz de surpreender com talento, trabalho árduo e competência para fazer a diferença juntamente aos acadêmicos que admiro? Desde já peço desculpas se a escrita suscitar dúbias interpretações e me regozijo com aqueles que recebem com satisfação esse manifesto, respeitoso, espontâneo e verdadeiro de apreço a admiração. Antecipo de antemão, que tiro o chapéu para qualquer decisão dos ilustres acadêmicos nesse prestigiado, concorrido e animado pleito. Além de agradecer individualmente a cada um dos membros dessa gloriosa academia pela honra de participar deste momento especial entre conceituados beletristas de elevada distinção.
Por saber que a distância entre sonho e realidade de chama ação, sigo determinado a vencer os desafios de cabeça erguida, olhando para o horizonte com a certeza da vitória, seja ela a curto, médio ou longo prazo. Quem sabe o que quer não desiste nunca. Assim, sigo a minha caminhada com firme propósito, rumo ao objetivo.
“Quando tudo tiver parecendo ir contra você, lembre-se de que o avião decola contra o vento, e não a favor dele. ” (Henry Ford)
Digo sempre que o meu coração brilha como uma supernova. Que sou um estro, talentoso e maravilhoso, por dentro e por fora, e quero sempre orientar as pessoas que procuram por conselhos, agora sou eu quem os procuro, nos encontros presenciais ou virtuais, buscando conhecer a profundidade do iceberg que me aventuro transpor, seja por mergulho ou escalonamento, requer a estratégia do olho de tigre e voo de águia. Preciso e assertivo.
Já passei por algumas coisas na vida, e mesmo que esconda a minha dor, as minhas experiências são também as coisas que me dão força para superar os desafios e vencer as adversidades, posso nem sempre seguir criteriosamente as regras, mas só faço isso, porque quase sempre estou buscando conhecer o melhor caminho e descobrir a melhor solução para alcançar meus objetivos suportado por valores sólidos e princípios éticos, morais e religiosos que determinam a minha conduta e regem a minha vida.
“ O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em nossa atitude com relação a elas. “ (Antoine de Saint Exupéry)
Descobri pelos caminhos tortuosos da vida que: ler, escrever e aprender é mágico; ensinar é uma arte. Inteligente é aquele que sabe aproveitar as oportunidades para expandir seus conhecimentos e experiências, tornando-se, protagonista da sua própria história e exemplo para outras pessoas. Estou sempre me examinando na busca de tornar-me uma pessoa melhor. Como disse Confúcio: “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo. ”
Busco fazer as minhas escolhas pela razão, sem esquecer da emoção. Revejo os motivos das minhas escolhas e penso naquilo que alimenta o meu coração, eleva a motivação, alinhando o propósito com a vocação. Porque acredito que aquilo que inspira os desejos, fortalece os objetivos e relembra os sonhos sempre é a melhor solução para a minha vida.
Por isso, me atrevo nessa luta renhida, seja qual for o resultado, faço o que me convém por amor e devoção, portanto, toda energia consumida não será em vão, ao contrário, servirá de adubo para o solo fértil germinar a semente, brotar um caule viçoso, transformar-se em árvore frondosa com folhas buliçosas e flores abençoadas para disseminar pétalas ao vento, produzir frutos nutritivos e novas sementes reproduzindo a espécie por toda a eternidade.
Suportado pela crença no soberano criador do céu e da terra, que me permitiu chegar até aqui, sigo firme a minha missão, sem medo de perder, com a certeza de que fiz a melhor escolha e darei o melhor de mim para suceder a Sálvio Dino na Academia Maranhense de Letras. Não é sonho é realidade! Deus seja louvado!
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“Até onde posso, vou deixando o melhor de mim… se alguém não viu, foi porque não me sentiu com o coração. ” (Clarice Lispector)
São Luís, 02 de novembro de 2020.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL
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Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.
Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS02.11.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.